Hoje passaram por mim um belo homem e sua gravata borboleta. Foi rápido, as mãos no fim da camisa branca guiavam o timão e colocavam o navio a todo o vapor. Naquele mar tudo parou por um instante. A lua esperou, esbarrou de subir, quis contemplá-lo de perto. E o mar silenciou as ondas, quis ouvi-lo. No entanto ele era violento e forte, um pequeno capitão, um mini-déspota, um micro-tirano. Pilotava como quem se jogasse à morte, ou como quem fosse salvar alguém dela. Partiu sem deixar um olhar, um só sorriso atrás do qual eu pudesse correr. Meu coração atravessou a cidade e não soube onde o buscar. Calei meus prantos mexicanos, deitei na cama, tomei meu chá.
"