Mada Primavesi me visitou através do espelho,
Nessa época, eu era a mulher do meio.
Penteava os cabelos escutando Rigoberto
E perdia os brincos na cama do sacerdote.
Ohei pra Mada e lembrei da menina
Que se escondia na janela,
Que conhecia os horários do passantes.
Lembrei das chuvas de gelo no telhado amarelo de alumínio.
E do canteiro de milho e hortelã.
Depois fixei meus olhos nos dela
E vi a mulher que adoeceu de amor,
Que cruzou um oceano pra fugir do medo.
Vi a mulher que vive de choro, de saudade, de riso.
Pisquei os olhos e sorri.
Mada Primavesi desapareceu.
Ou simplesmente encarnou no meu espírito.
¨
"las guirnaldas pueden ser fúnebres, lo comprendí después"
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